Alfabetização e reflexões em contexto: qual é o seu nome?

por Daniela Munerato

A importância do nome na vida de qualquer pessoa não se discute. É algo que nos representa, e todo nome tem uma história: foi escolhido, porque juntaram os nomes dos avós: JO, de JOSÉ e de JOEL, com ANA, de MARIANA e ANA, resultou em JOANA. A personagem preferida inspirou o nome LÉA. Um parente ou amigo querido, uma sonoridade especial, uma canção favorita… Enfim, os nomes podem estar vinculados a muitas histórias. 

Dentro do nome podem morar os apelidos. No nome da MARIANA, moram a MARI e a ANA; no nome LEONARDO mora o LEO; e no nome da LUISA, moram a LU e a ISA. Numa sala de aula, pessoas que têm o mesmo nome podem ser identificadas pelo sobrenome. E quando fazemos parte de um grupo, nosso nome está numa lista, temos certeza disso, em algum lugar ele está, e o desafio é ler, encontrar, interpretar segundo critérios de cada um. Quais? Eis o nosso desafio como educadores e educadoras: identificar a melhor intervenção, tendo em vista as competências leitoras e escritoras que estão em construção.

O processo de alfabetização acontece em ambientes sociais, quando as crianças tentam compreender algo que está escrito ou que vão escrever. Observam placas de ruas e de trânsito, nomes de lojas, produtos no mercado ou mensagens no celular da família. O ambiente fornece muita informação em contextos significativos. A criança, observadora, compreende que para escrever precisamos de letras, diferencia letras e figuras, pensa sobre a quantidade de letras necessárias para escrever algumas palavras. 

E, de repente, se depara com uma lista de oito nomes, como os seguintes: LIA, MARIA, MARCOS, NUNO, PAULO, PILAR, ROBERTA, TEODORO. Vamos imaginar estes nomes organizados um abaixo do outro? Quais seriam as possibilidades de discussões possíveis no contexto da escrita? Vamos ver:

Pois é, o tema dos nomes próprios é um assunto discutido há tanto tempo e se mostra inesgotável. Quanto mais entramos em contato  com novas pesquisas, mais vislumbramos  caminhos para aguçar nossas reflexões sobre a forma como as crianças pensam, bem como sobre o nosso papel como educadores. 

Diante dessas considerações, fica aqui o meu convite para darmos continuidade à discussão sobre essas e outras questões. Espero vocês no curso sobre nomes próprios e palavras de referência na programação de Inverno do Centro de Formação da Vila. Até breve!

 

Programação de Inverno 2024 no Centro de Formação da Vila

Veja abaixo o link de alguns cursos e acompanhe as postagens no 

Blog do Centro de Formação da Vila

Cursos presenciais:

Como criar ambientes alfabetizadores potentes

Educação antirracista nos anos iniciais do Ensino Fundamental

Currículo e avaliação formativa nas Ciências da Natureza

Eu, você, nós! Assembleias, comissões, tutorias: práticas colaborativas e participativas na sala de aula.

Discurso argumentativo no Ensino Fundamental II: leitura, escrita e oralidade

Recursos para os desafios da gestão escolar: reuniões produtivas, decisões em equipe e encaminhamento de conflitos e conversas difíceis

Configurando espaços e recursos para potencializar a criação, imaginação, investigação e brincadeiras

Os jogos favorecem as aprendizagens matemáticas. Sempre? Como?

STEAM e Maker: reflexões e propostas para engajar estudantes ativos

Instantes Sonoros e Literários: a música e a literatura ampliando as possibilidades da apreciação estética

Aprender a escrever escrevendo. Propostas didáticas para a formação de escritores competentes

Caminhos na leitura de livros ilustrados – da estética literária à perspectiva antirracista

Os nomes próprios e as palavras de referência no processo de alfabetização

Leitura literária nas aulas de inglês: língua e cultura na construção de um currículo decolonial

Cursos online:

Atividades diversificadas: avaliação e planejamento em salas de alfabetização

Educação Digital: riscos, desafios e potencialidade pedagógica da IA na sala de aula

Minha turma é difícil! O que fazer? Ferramentas didáticas e reflexões teóricas

Rotinas de Pensamento: caminhos para tornar a aprendizagem visível

Descolonizando o Ensino: Integração da Legislação Educacional e Práticas Pedagógicas Insurgentes

 

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