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Programação de Verão no Centro de Formação

Quais as diferenças que percebemos entre os cursos online e os cursos presenciais?

Durante a pandemia tornou-se recorrente a queixa pela falta da presencialidade nos encontros, sobretudo os formativos. Não raro os participantes se mostravam saudosistas em relação aos encontros presenciais, que de fato têm suas particularidades e permitem outros tipos de interação e processos de ensino e aprendizagem. No caso das tradicionais Programações de Verão e Inverno do Centro de Formação, a lembrança da ocupação dos espaços da escola da Vila sempre era evocada como experiência significativa de aprendizagem que se dava, complementarmente, por meio da imersão em um contexto no qual era possível ver representada materialmente nos espaços as concepções defendidas e partilhadas pelas formadoras e formadores.

No pós pandemia, a retomada das atividades formativas presenciais passou a ser uma demanda e uma expectativa de grande parte dos educadores e, em contrapartida, a manutenção das atividades online seguiu sendo desejada por aqueles que só passaram a ter acesso a certos tipos de trocas e interações em função da mediação tecnológica. Eis que nos vimos diante do desafio de reconfigurar nossos fazeres para dar conta dessas transformações que as demandas sociais trouxeram, buscando contemplar as diferentes necessidades de nosso público, que segue reconhecendo o Centro de Formação como espaço que contribui para o seu desenvolvimento profissional.

A Programação de Verão do CF volta a ser presencial a partir de janeiro. A ocupação pedagógica da Vila das Juventudes – novo prédio da Vila, onde funcionam os ciclos 4 e 5 voltados para os jovens – será complementada em janeiro com a volta dos professores que vêm de diversas cidades brasileiras para participarem de cursos, oficinas, palestras e mostras de trabalho visando sua própria formação em serviço.

No entanto, o CF se organizou para manter também, em fevereiro, uma oferta de cursos virtuais para aqueles que não conseguirem retomar a presencialidade neste mês de janeiro. A participação em processos formativos online foi um aprendizado importante que nos deixou a pandemia, mas é inegável a falta que nos fez os encontros formativos presenciais!

Se por um lado aprendemos a participar de processos formativos por meio do universo digital, por outro identificamos melhor os aspectos positivos do presencial. Entendemos melhor as possibilidades e os limites das interações online, e nos desafiamos a tornar as experiências presenciais mais significativas.

No digital, aprendemos a estar atentos a tela, a aguardar o momento para abrir o microfone, aproveitar melhor o chat para dúvidas pontuais, conciliar as atividades assíncronas com as síncronas e acima de tudo, nos organizarmos para conseguir participar a partir de nossas casas, às vezes nos horários mais conturbados, outras vezes em momentos mais tranquilos. Também nos acostumamos a ser mais flexíveis quanto aos tempos de participação nos eventos, pelas possibilidades que as gravações das atividades permitiam, embora isso viesse junto com a limitação da troca, do debate e da reflexão coletiva. As perdas e os ganhos caminharam e caminham juntos, enquanto vamos aproveitamos os aprendizados para aprimorar nossos modos de fazer formação continuada de educadores.

Mas, sem dúvida, sentimos falta dos encontros presenciais. Pudemos entender a relevância de algumas estratégias usadas na formação presencial, como as atividades de simulação, as apresentações aos colegas, a elaboração de as trocas informais e laterais que ocorrem nos intervalos, os trabalhos colaborativos. Passear pela escola observando os murais, as instalações, os materiais, faz emergir comparações, reflexões, análises. O tempo da formação presencial é maior, os intervalos são coletivos. Assim, se por exemplo, saímos de um módulo de trabalho com uma pergunta do formador, discutimos o com o colega, comentamos, concordamos ou não, mas estamos sempre provocados para permanecer no tema. Ao longo do encontro, as perguntas fluem melhor, a participação é mais efetiva. O formador consegue ajustar melhor o ritmo, a profundidade, a exemplificação porque ao se movimentar pelo espaço, vê expressões, lê as anotações, entende a assimilação do grupo.

Preparamos uma programação viva e dinâmica, repleta de momentos de interação e mão na massa. Além dos cursos e oficinas, as mostras de trabalhos realizados por professores ao longo do ano vão complementar a programação e trazer a sala de aula ainda mais perto dos processos formativos.

Estamos muito felizes com este retorno e esperamos rever nossos parceiros históricos e conhecer nosso novo público!

Confira a Programação de Verão dos cursos presenciais do Centro de Formação da Vila e inscreva-se ainda hoje.

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