O processo de formação em serviço, aquele que ocorre durante o exercício profissional, pode acontecer de várias maneiras e há, habitualmente, dois eixos que impulsionam esse processo: a autogestão do profissional e o planejamento da instituição em que trabalha. Em ambos, pode haver a contribuição direta de cursos de atualização.
No âmbito pedagógico educacional, sabemos que muitas escolas definem, em seus mecanismos de trabalho, instâncias formativas para as quais selecionam temas relativos às necessidades do projeto pedagógico ou mesmo em função de circunstâncias específicas que estão vivendo no dia a dia escolar.
Eventualmente, a escola pode considerar fundamental um investimento formativo para toda sua equipe e, se não encontra a expertise necessária internamente, pode recorrer à contratação de assessorias ou cursos. Esses cursos, dados para o coletivo de profissionais da escola, devem ser articulados a outros processos internos, como as semanas de planejamento ou as reuniões pedagógicas regulares. É esta continuidade que vai garantir a assimilação e ajustes necessários das novas ideias vindas dos cursos para a prática pedagógica da escola.
Multiplicando aprendizagens
Em outras situações, a escola opta por designar um subgrupo de profissionais de sua equipe que possa multiplicar as aprendizagens obtidas em cursos específicos. Assim, a tarefa seguinte é organizar processos internos que permitam a esses profissionais atuar como formadores a partir dos conteúdos dos cursos realizados.
Uma outra possibilidade, também muito utilizada pelas escolas, é enviar para os cursos de formação aqueles profissionais que já são responsáveis pelos processos formativos internos, para que se atualizem, ampliem seus repertórios e conheçam outras experiências. Ou seja, são os coordenadores, orientadores ou membros da equipe técnica, que vão transformar o conteúdo dos cursos em ações formativas que podem acontecer numa perspectiva temporal mais ampla.
No plano pessoal, a busca do educador pode ocorrer de forma autônoma e independente das escolhas da instituição escolar em que atua. O professor iniciante, por exemplo, tem sua busca orientada pelos desafios que encontra em sua prática profissional e que nem sempre são sanadas pela própria escola. Os cursos que apresentam relatos da prática, projetos concretos realizados com os alunos, apoiados pelos instrumentos do professor, como os planejamentos, documentação e ferramentas de registro, são bastante procurados por isso.
Já para o profissional com mais experiência acumulada, a escolha é pautada pelo conteúdo dos cursos que são oferecidos e, muitas vezes, essas opções estão alinhadas com um percurso de atualização que está sendo realizado sistematicamente, especialmente se esse educador é curioso, investigativo e reflexivo. Seu percurso pode estar sendo construído desde a ampliação de repertório, até o aprofundamento de temas de estudo.
Cursos para educadores
O Centro de Formação da Vila tem a tradição de oferecer cursos que articulam teoria e prática. A razão pela qual isso acontece é que os formadores são também professores e professoras que estão na sala de aula e vivem dilemas e desafios que surgem em seus cotidianos. Assim, as práticas pedagógicas apresentadas são sempre apoiadas em conceitos e teorias que fundamentam o fazer do professor.
Nossa programação de inverno e verão, voltada para todos os cargos da escola, oferece sempre uma variedade de temas, direcionados às várias faixas etárias e segmentos da escolaridade. Na programação de julho de 2022, as novas preocupações, advindas do período pandêmico, estão presentes em muitas propostas formativas. E, neste ano, além dos professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental 1, os professores especialistas que atuam no Fundamental 2 e no Ensino Médio podem encontrar muitas propostas que atendem a suas demandas formativas.
Escrito por Sonia Barreira – Diretora Pedagógica Bahema Educação
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